sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Educação de Filhos - Uma Perspectiva Cristã (Parte 2)

As 4 responsabilidades dos pais:


Antes de começar:


Dt 6:4-7 - "Ouve, ó Israel; o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças. E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te."

O treinamento moral começa com os pais. Antes de ensinar aos filhos, as palavras deverão estar em nossos corações. Se os princípios de conduta moral não residem no seu próprio coração, não há como transmiti-los a seus filhos.


1) 1 Tim 5:8 - "Mas, se alguém não cuida dos seus, e especialmente dos da sua família, tem negado a fé, e é pior que um incrédulo."


É preciso suprir as necessidades físicas dos filhos, ou seja, cuidar deles. Isso inclui: alimentação adequada, vestuário, higiene e limpeza, saúde, descanso, exercícios físicos, vacinações, dentes, curativos em ferimentos, sua visão, sua fala, etc...


2) Tito 2:4 - "...para que ensinem as mulheres novas a amarem aos seus maridos e filhos"


1Co 13:1-8 - "Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba"


É preciso aprender a amar seus filhos. O amor não é uma emoção ou um sentimento ou uma simples afeição (embora ela exista e tenhamos que demonstrá-la). O amor busca os melhores interesses do ser amado, quaisquer que sejam as emoções do momento.

Durante os anos nosso amor pode sofre variações, passando de indiferença até forte afeição. Teremos raiva, frustração, cansaço, desprazer, prazer, orgulho, constrangimento. O importante é que isso não significa nem a essência do amor e nem a ausência dele. O amor é um tipo de comportamento, uma ação, em relação a determinada pessoa. Mesmo quando nos sentimos irritados, podemos fazer o que é melhor para o bem da criança.


A maneira de amar um pequeno de dois anos é diferente do amor que damos a um adolescente. Por isso, é importante manter sempre uma atitude de aprendizado e pensar: "Estou sempre aprendendo a amar meus filhos."


Linguagens de amor: (identifique a sua e a da seus queridos)(formas de dizer "eu te amo")


 Palavras de encorajamento: edificar os outros através de encorajamento verbal. "Você é tão paciente!", "Esse vestido está lindo!". Palavras sinceras de elogio e reconhecimento;


● Ações de serviço: fazer algo especial pelo outro que você sabe que ele vai gostar. Também, algo não esperado. Lavar a louça, trazer um copo d’água, ajudar na limpeza, ajudar nos estudos, etc;


● Dar presentes: o valor está no que representa e é algo simples. Comunica "estive pensando em você!"


● Tempo de qualidade: é necessário se dedicar a outra pessoa, ouvindo-a atentamente e dando-lhe uma resposta adequada àquilo que está sendo dito. Significa uma comunicação profunda, dar atenção e não precisa necessariamente ser demorada;


● Toque físico e proximidade: segurar as mãos, colocar um braço em volta do ombro, abraçar, beijar, ou apenas ficar próximo um do outro. 


3) Ef 6:4 - "E vós, pais, não provoqueis à ira vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação (instrução) do Senhor."


A exortação é para seguirmos o exemplo de Deus na criação de nossos filhos. O treinamento que dermos a nossos filhos deve ser "do Senhor". O Senhor tem que ser o princípio guia do treinamento. Ele pertence a Ele e é para ser administrado por Ele. E é o mesmo treinamento que Ele nos dá, e devemos aplicá-lo também aos nossos filhos com a Sua direção, através do Seu poder, debaixo da Sua autoridade e respondendo a Ele.

Portanto, nós lidamos com nossos filhos assim como o Senhor lida conosco. Ele é o nosso modelo. Então, devemos procurar na Palavra como Deus lida com seus filhos.


Disciplina significa estabelecer objetivos para nossos filhos, ensiná-los estes objetivos, e então, pacientemente, mas persistentemente, guiá-los para estes objetivos. Disciplina não significa apenas correção, é muito mais que isto; é estabelecer um curso, guiá-los por este curso, e firmemente porém amavelmente, trazê-los de volta para este curso quando eles se extraviarem.


A disciplina do Senhor também significa que nossos filhos precisam de um ambiente onde haja o calor do amor de Deus, a água do Espírito Santo e o alimento da Palavra de Deus, tal como uma plantinha frágil que precisa estar num ambiente onde haja calor, água e alimento. A palavra disciplina, neste contexto, significa que a criança deve sentir-se cercada pelo terno amor de seu Pai celeste.


É bom lembrar que disciplina e admoestação do Senhor não implicam em encher a cabeça deles de religião, nem em dar uma enfadonha aula diária de instrução doutrinária. O melhor modo de se ensinar uma criança a amar e servir a Deus é proporcionar-lhe uma atmosfera de amor, num cenário de felicidade e tranqüilidade.


A admoestação também é necessária e tem a ver com o ensino que se processa nesse ambiente de disciplina. Ela significa uma instrução verbal, formal ou informal e implica em se ensinar as crianças tanto as belas e positivas promessas da Bíblia, assim como as advertências de ordem negativa, que nos atemorizam. Sem essas informações o ambiente não vale de nada e vice-versa. Devemos desejar que nossos filhos tenham uma terna e calorosa comunhão com Jesus e não apenas fiquem sabendo a respeito de Deus.


Portanto, é preciso ensinar os filhos a conhecerem e a servirem a Deus, num ambiente de amor. Se ficarmos, constantemente irritando nossos filhos, este ambiente não existirá.


Alguns objetivos bíblicos para realizar com nossos filhos:


Conduzi-los ao conhecimento da salvação em Jesus Cristo: deve ser no Seu tempo perfeito, mas não podemos esperar que eles sejam tudo o que Deus quer a menos que recebam uma nova natureza do alto;


Conduzi-los a um comprometimento total de suas vidas a Cristo: queremos que as suas decisões sejam feitas de acordo com a Sua vontade, compartilhe cada detalhe de suas vidas com Ele em oração, e aprendam a confiar nEle em cada experiência. Perguntar primeiro o Deus deseja de nós é um hábito que deve ser cultivado. O tempo de começar com isso é bem cedo na vida da criança;


Construir a Palavra de Deus nas suas vidas: nossa tarefa é ensiná-la à eles fielmente, relacionar a ela circunstâncias da vida, e ser um exemplo de conformidade com ela;


Ensiná-los uma obediência imediata e alegre, e respeito pela autoridade: ao desenvolver uma fácil submissão à nossa autoridade, estamos procurando incutir um respeito por toda a autoridade constituída, como as escolas, o governo, e também a autoridade de Deus. Submissão a autoridade é a base para uma vida feliz e pacífica em nossa sociedade;


Ensiná-los auto-disciplina: a vida mais feliz é a vida controlada, particularmente em áreas tais como comer, dormir, sexo, cuidado com o corpo, uso do tempo e dinheiro, e desejo pelas coisas materiais;


Ensiná-los a aceitar responsabilidades: responsabilidade em realizar as tarefas pedidas a eles alegremente e eficientemente, responsabilidade com o cuidado apropriado de seus pertences, e responsabilidade pelas conseqüências de seus atos;


Ensiná-los os traços básicos do caráter Cristão: tais como honestidade, diligência, falar a verdade, justiça, não ser egoísta, bondade, cortesia, consideração, amizade, generosidade, retidão, paciência, e gratidão.


4) Pv 22:6 - "Instrui (ensina) o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele."


É preciso prepará-los para vencer na vida.


Note que o versículo não diz: "Diga à criança qual é o caminho que deve seguir..."; não. Ali diz: "Ensina à criança..." É possível uma pessoa dizer uma coisa a uma criança, e ao mesmo tempo estar ensinando outra bem contrária.


Existe aqui uma lei de causa e efeito. É semelhante ao princípio de "colher o que se semeia". Para um lar cristão pode ser uma promessa ótima, porém para os que não temem a Deus é uma ameaça aterrorizante.


O aprendizado da criança é feito, em cada lar, de cinco maneiras, para o bem ou para o mal. Trata-se de cinco coisas que estamos sempre fazendo. Estas são as ferramentas que formam os hábitos, atitudes e a vida de uma criança. É a maneira como manejamos essas ferramentas que determina o que lhes ensinamos.


Deve-se ensinar as crianças através de:


Exemplo: "as palavras convencem, os exemplos arrastam". Exemplo do jovem com cigarro;


Incentivo: que tipos de atos e atitudes estou incentivando, e que tipos não, com meus elogios e palavras de apreciação? Cuidado com palavreado negativo, faça a transição para o positivo;


Explicações: é preciso fornecer a razão das coisas, os Fp, pois isto instrui o coração. Não responder nada é dar uma explicação. Falar a verdade sempre;


Experiências: aprender com os acontecimentos negativos e positivos. Usar as circunstâncias para aprendizado. Por exemplo, desobediência traz conseqüências, existem perigos e prazeres, aprender a confiar e a temer, a absorver decepções, saber que nem todos gostam de nós;


Correções: são o último item e aplicados mais nos primeiros anos. Não são a única ferramenta, pois as outras lhe antecedem, porém alguns acham mais fácil por preguiça. Correção nem sempre é castigo físico, as vezes basta uma palavra, outras vezes basta privar a criança de privilégios, botar para pensar, isolá-lo no quarto.

Conclusão

Fp 2:13 "porque  Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segunda a sua  boa vontade."

1 Jo 1:8-9  "Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar e nos puruficar de toda a injustiça."

Sl 32:4-5 " Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre sobre mim;  o meu humor se tornou em sequidão de estio. Confessei-te o meu pecado, e a minha iniquidade não encobri. Disse eu: confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a culpa do meu pecado."


                                                                                                                         Roberto Rinaldi

Fonte:  www.montesiao.pro.br




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