sábado, 11 de agosto de 2012

Os Dez Mandamentos do Pai Cristão


"Certa vez eu tive contato com uma mãe acompanhada de seus filhos com a qual comentei ser cristão. Ela prontamente respondeu: todos nós somos!"

É engraçado como hoje, com o "crescimento dos evangélicos", muitos se tornaram "evangélicos". Uns porque os pais o são. Outros porque os parentes o são. E outros ainda porque os amigos o são. Minha pergunta é: Você, é realmente cristão? Aquela mãe poderia ter ouvido: "Cristão é aquele em quem Cristo habita"! A máxima que temos ouvido hoje é de que muitos são "evangélicos". Será? Quem habita em seu coracão?

Não basta acreditar no evangelho é preciso viver o evangelho!

Hoje existe até "evangélico não praticante". É uma vergonha! Que realidade estamos vivendo? A realidade de que esposos estão matando esposas, esposas mandando matar esposos, filhos matando pais e pais matando filhos. O relacionamento familiar está cada vez mais difícil. Conclusão - FALTA DE CRISTO!

O mundo oferece e induz o que há de pior para a família e infelizmente muitos tem aceitado e comprado o que o mundo tem oferecido "tão facilmente". Numa família sem Cristo o relacionamento é insustentável e às vezes insuportável, por isso é preciso reconhecer a necessidade de mudança de valores. Esses valores só podem ser mudados por Jesus Cristo!

Você pode dar a sua parcela. Entregue sua vida para Jesus Cristo! Não para mostrar para alguém sua decisão e ser mais um dizendo que é evangélico, mas para que sua família viva e desfrute o melhor desta terra e quando Cristo voltar você e sua família, estejam preparados para subir com Ele.

Eu gostaria de reproduzir aqui um artigo muito bem elaborado pela equipe pastoral da igreja a qual sou membro, a Igreja do Nazareno Central de Campinas. "Os Dez Mandamentos do Pai Cristão". E nunca se esqueçam que "o que nós passarmos para nossos filhos hoje é o que eles refletirão no futuro". Quer um futuro melhor para seus filhos e para sua família? Tome uma atitude, seja um cristão verdadeiro! Seja um pai cristão!

"Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo. Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vos mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo." (1 Pedro 1:13-16)

I - Guie seus filhos em direção a uma fé viva no Senhor Jesus, consagrando-os, diariamente em oração, e indicando-lhes os amplos horizontes de serviço no Reino dos Céus.

II - Ensine seus filhos a amarem a Palavra de Deus, ajudando-os a entenderem e a viverem a Verdade, em todo o tempo.

III - Faça do seu lar um ambiente de “justiça, paz e alegria no Espírito Santo”, ensinando e promovendo a amizade e hospitalidade.

IV - Estimule seus filhos à integração nas responsabilidades da vida familiar, envolvendo-os nos planos e nos trabalhos do lar.

V - Imprima no coração de seus filhos admiração e respeito pela mãe, levando-os a um vínculo relacional inabalável e intranferível.

VI - Garanta a seus filhos um alicerce emocional sólido por meio do amor incondicional, apreciando as distinções da personalidade de cada um deles.

VII - Procure reconhecer as boas qualidades de seus filhos, alogiando-os em seus êxitos, não apenas, corrigindo-lhes os defeitos.

VIII - Eduque seus filhos em meio as crises, encorajando-os a gerarem grandes oportunidades, a partir de situações adversas delicadas.

IX - Forneça a seus filhos referenciais de comportamento, sendo o principal deles, por meio de exemplos vívidos.

X - Leve seus filhos a uma real apreciação da Igreja, integrando-lhes, e a si mesmo, em suas atividades e compromissos.

Leia 1 Pedro 3:8-12, e que Deus o abençoe em Nome de Jesus!

Artigo Extraído

http://www.casadosparasempre.jex.com.br/aprendendo/os+dez+mandamentos+do+pai+cristao/ 

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Reflexão sobre Educar sem Violência

Recebi uma atualização do Blog Educar sem violência, onde consta um comentário feito sobre o artigo que compartilhei na postagem  abaixo: "Bater para educar os filhos: você concorda com isso?"  O Comentário em si dispensa comentários e não poderia deixar de compartilhar com aqueles que tem acompanhado esse blog. Participe você também, deixe seu comentário sobre o assunto. 

O que D. Pedro Casaldáliga tem a nos ensinar por Arcângelo Scolaro

Posted: 03 Aug 2012 04:17 AM PDT
Estimado leitor do blog,

Recebi uma linda carta de um amigo comentando a postagem Bater para educar os filhos: você concorda com isso?. Como ela trás uma importante reflexão pedi a esse amigo a autorização para compartilhá-la com você. Veja abaixo o que nos diz Arcângelo Scolaro.


“Quem fica na floresta um dia, quer escrever uma enciclopédia; quem passa 5 anos, fica em silêncio para perceber o quanto é profunda e complexa a Criação” (D. Pedro Casaldáliga).

Bom dia amiga,

Parabéns pela sua luta em favor do tesouro maior que a humanidade tem: as crianças. Bem aventurados aqueles que defendem, ou pelo menos tentam defender os mais fracos, sobretudo as crianças, e eu tenho certeza de que o mundo será melhor o dia em que a humanidade aprender a lição das crianças e, não apenas só tentar dar lições para as crianças, lições essas cheias de vícios, de preconceitos, autoritarismos, falsidades...

Eu ouvi certa vez D. Pedro Casaldáliga, se referindo ao trabalhadores dizendo assim, "quando estes estão certos eu caminho com eles, quando eles estão errados ou equivocados eu sento com eles". Com as crianças a nossa atitude deveria ser essa também, acontece que não nos damos o tempo de sentar com elas e aí as coisas são resolvidas por meio da violência.

Essa é a lição que estamos deixando para as crianças: os problemas se resolvem com violência e depois nos gastamos tempo fazendo campanhas pela paz. É paz nos campos de futebol, é paz na estrada, paz na escola e o escambau de lutas pela paz que se tornam vazias ou contraditórias, sem resultados porque na realidade ensinamos com o exemplo: o que resolve mesmo é a violência. A gente faz da violência até esporte, existe coisa mais deplorável do que bater violentamente no outro e denominar isso de esporte e ganhar toda a publicidade possível dos meios de comunicação?

Esse mundo precisa de gente que acredite que outro mundo é possível, a começar por aí, criança acolhida, feliz, amada e aprendendo a amar e, a ser solidária. Se isso acontecer com certeza teríamos que resolver o problema de desemprego dos agentes carcerários.

Um grande abraço a você e continue na sua missão nobre. Não sei das suas crenças religiosas, mas com certeza você é uma das bem aventuradas do Reino de Deus.

Arcângelo Scolaro*


 Outras aprendizagens sobre a Floresta

Aprendendo com os erros

O mestre, conduz seu aprendiz pela floresta. Embora mais velho, caminha com igualdade, enquanto seu aprendiz escorrega e cai a todo instante.
O aprendiz blasfema, levanta-se e cospe no chão traiçoeiro e continua a acompanhar seu mestre.

Depois de longa caminhada, chegaram a um lugar sagrado. Sem parar, o mestre dá meia volta e começa a viagem de volta.
- Você não me ensinou nada hoje- diz o aprendiz, levando mais um tombo.
- Ensinei sim, mas você parece que não aprende – respondeu o mestre –estou tentando te ensinar como se lida com os erros da vida.

-E como lidar com eles?
- Como deveria lidar com seus tombos- respondeu o mestre- Em vez de ficar amaldiçoando o lugar onde caiu, devia procurar aquilo que o fez escorregar.



*Arcângelo Scolaro, graduado em Filosofia pela Universidade de Passo Fundo (1976), graduado em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1980) e mestre pela Universidade Católica de Goiás (2001). Atualmente é pró-labore da Universidade Estadual de Goiás, professor concursado - Secretaria Estadual da Educação.






quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Bater para educar os filhos: você concorda com isso?


18/07/2012 | TAGS: EDUCAÇÃO POSITIVAPALMADA



Bater ou não nos filhos quando eles se comportam mal? Para a maioria dos brasileiros, a palmada é uma medida educativa e eficaz, não reconhecida por quem a aplica como um ato de violência, mas diversos estudos mostram exatamente o contrário.

Chinelo, cinta, empurrão, tapas, beliscões, puxões de orelha. Quando tudo parece falhar, pais utilizam a punição física em resposta a um comportamento inadequado das crianças. “Este tipo de violência é tão antiga que se confunde com a própria história da humanidade”, assinalam as pesquisadoras Paolla Santini e Lucia Williams, do Laboratório de Análise e Prevenção da Violência da Universidade Federal de São Carlos (Laprev/UFSCar).
Paolla e Lucia são autoras de diversas pesquisas sobre o tema e, recentemente, colaboraram com um artigo (Castigo corporal contra crianças: o que podemos fazer para mudar essa realidade?) para o livro digital “Comportamento em Foco”, organizado pela Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental. Nele, além de uma série de dados – resultados de pesquisas feitas tanto pelas autoras como por outros pesquisadores – elas desmitificam argumentos comumente utilizados para justificar o castigo corporal.

Porque não bater

Segundo as autoras, os pais utilizam o castigo físico como uma forma de controlar o comportamento de seus filhos – geralmente alimentado por uma expectativa irreal que os pais criam. “Quando o comportamento alvo inicialmente cessa, o comportamento coercivo dos pais é reforçado”, confirmam. Mas uma ampla pesquisa realizada em 2001 no Brasil com 894 crianças mostrou que os sentimentos que as crianças relataram não foram de respeito, mas dor, raiva, medo e revolta em relação aos pais, que deveriam ser modelos de apoio, carinho e segurança.
Mau gênio, temperamento difícil e respostas emocionais como choro, medo ansiedade e raiva, são alguns dos mecanismos que a criança que apanha pode desenvolver com o objetivo de desestabilizar o adulto.
“Bater ensina a criança a se comportar pelo medo de ser punida e não em busca de consequências positivas. A criança aprende que o modelo agressivo é aceitável para resolver problemas”, diz Paolla.
Um estudo realizado em 1998 com 17 mil participantes é o mais amplo encontrado na literatura sobre o tema da vitimização por violência na infância e os efeitos na saúde, conhecido como ACE Study (Adverse Childhood Experiences Study). A pesquisa buscou analisar a relação entre múltiplas categorias de traumas infantis e suas consequências para a saúde e comportamento na vida adulta. Os resultados mostraram que aqueles que relataram ter vivenciado quatro ou mais categorias de exposição à violência – entre elas abuso psicológico, físico ou sexual; violência contra a mãe pelo parceiro; viver com pessoas que faziam uso abusivo de substâncias -, em comparação àqueles que não enfrentaram qualquer tipo de adversidade, apresentaram de quatro a 12 vezes mais riscos de saúde relacionados ao abuso de álcool ou drogas, depressão e tentativas de suicídio; eram duas ou quatro vezes mais propensos ao tabagismo; e 1.4 a 1.6 em mais riscos de inatividade física e obesidade mórbida.

“Muitos dizem: ‘eu apanhei quando criança e sou uma pessoa bem sucedida e feliz. Apanhar foi importante para isso’. Mas, assim como pessoas sabem que o cigarro faz mal e continuam fumando, também sabem que a violência é inaceitável e continuam praticando-a. Há pessoas que fumam e vivem até os cem anos, mas isso não refuta os dados de que fumar leva à morte precocemente. As exceções são interessantes, mas não alteram os dados baseados em pesquisas científicas. Portanto, provocar dor ou medo não é a melhor opção.”
Outro argumento é dizer que hoje as crianças são mais difíceis do que em outras épocas. “Estamos vivendo uma mudança cultural, na qual os pais precisam estar mais tempo fora de casa e muitas vezes têm dificuldades no processo educativo de seus filhos. Assim, as crianças e adolescentes passam muito tempo sozinhas, na frente da televisão, do computador, do vídeo game, com pessoas que não são da família, que não se sentem responsáveis por seu processo educativo ou que não sabem como fazê-lo”, explicam as autoras. Para corrigir isso, elas indicam que os pais reservem momentos diários para participação, diálogo e afeto. “Limites e disciplina não são sinônimos de palmadas, tapas e beliscões. É possível estabelecê-lo sem utilizar estes recursos.”
“Lei da Palmada” não tira a autoridade dos pais

Um tema que tem provocado debate na mídia, o projeto de lei 7672/2010 conhecido como “Lei da Palmada” estabelece “o direito da criança e do adolescente a não serem submetidos a qualquer forma de punição corporal, mediante a adoção de castigos moderados ou imoderados, sob alegação de quaisquer propósitos, ainda que pedagógicos”.
Caso a lei seja aprovada, os pais que a descumprirem poderão ser punidos de acordo com sansões previstas no Artigo 129, incisos I, III, IV e VI do Estatuto da Criança e do Adolescente. Ou seja, os pais poderão ser encaminhados ao programa oficial ou comunitário de proteção à família, a cursos ou programas de orientação e obrigados a encaminhar a criança ou adolescente para tratamento especializado.
“A lei não tem como objetivo condenar ou perseguir os pais ou responsáveis. Ela visa melhorar a qualidade das estruturas de apoio e atenção aos pais, para que possam educar seus filhos de forma não violenta, bem como estimular políticas públicas como programas de treinamento para pais de orientação sobre práticas educativas positivas”, explicam as pesquisadoras.
Mas parece que ainda há dúvida entre a população. Uma pesquisa de âmbito nacional sobre este assunto, realizada pelo Instituto de Pesquisas Datafolha, concluiu que 54% das pessoas ouvidas são contrárias à aprovação do projeto; 36% são a favor; 6% indiferentes e 4% não souberam opinar. A pesquisa foi realizada no mês de julho de 2010, com mais de 10, 9 mil brasileiros com 16 anos ou mais.
Além da opinião sobre o projeto de lei, também foi perguntado aos entrevistados se eles já tinham agredido fisicamente seus filhos. Mais da metade, 58%, confirmaram. Outro dado mostra que 72% daqueles que responderam a pesquisa afirmaram ter apanhado dos pais quando crianças.
“Sendo assim, os entrevistados sofreram violência física por parte de seus pais e utilizam a prática contra seus filhos, apontando a manutenção do ciclo de violência entre as gerações”, concluem.